Criança é assim mesmo, mas eu não me acostumo com esse ritmo acelerado que elas crescem e aprendem novas coisas em especial meu pequeno ninja, são tantas histórias para contar, momentos para registrar com palavras, fotos e vídeos que me perco com essa velocidade desabalada. E em geral acabo não guardando todos as recordações que gostaria.
Quando vejo perdi o momento, a cena, a história e agora ele já tem outros hábitos e linguagens. Passou, e eu nem vi. Não consigo me sintonizar, sabe eu tento e me espanto com a falta de jogo de cintura que percebo em mim nesse sentido, a minha máquina nunca tem pilhas suficientes e meu cérebro memoria suficiente para guardar tantos momentos.
Não pretendo usar a frase “meu filho é superdotado” principalmente em voz alta, mas poxa em minha mente fico pensando o quanto ele é bem desenvolvido para a idade que tem, às vezes me pego brincando dizendo que ele é um adulto escondido neste corpo tão pequeno – um anão.
Mas então eu consegui guardar um desses momentos tão meigos, que devem ser registrados e contados e escritos para que ele saiba de pequenos pontos de sua própria história. A minha máquina tinha pilha, e estava próxima e meu cérebro deu conta de aguardar o momento da postagem.
Sabe o que meu pequeno ninja fez? Honrando seu lado oriental? Aos dois anos iniciou seu aprendizado na arte de comer com Hashi (aqueles palitinhos japoneses para quem não sabe…). Veja bem, o pai dele só começou com 8 anos e ele é o japonês de verdade…
A mãe doida aqui fez lamen (miojo no bom português) para o almoço do filhote, e resolveu experimentar um pouco comendo com Hashi imitando os animes como Naruto e ver se dava certo, então meu pequeno que não é nada bobo quis também brincar e não é que leva jeito, o pai deu uma forcinha colocando um elástico na ponta para prender os dois Hashis, a foi uma festa. =]
Tirei fotos, fiz um vídeo, e babei muito nele aprendendo uma coisa nova. Se sentindo todo importante contando para o vô e para a vó que estava comendo de ‘ashi’. Curtimos muito o momento em família os três. Amo muito tudo isso.
É. O tempo passa rápido demais, e cada dia que vivo ao lado desta criança me sinto especial e abençoada.
Aishiteiru meu filho.
[editado dia 04/01/2009]